Dentro em breve, o cancro do pulmão poderá deixar de ser o mais letal de todos os tipos e entrar para a lista das doenças crónicas. A boa notícia vem de Cuba, que acaba de patentear a primeira vacina terapêutica contra a doença. Mais de 1 000 pacientes já estão a receber o novo tratamento.
A descoberta foi anunciada por Gisela González, responsável pelo projeto que desenvolveu a vacina. Em entrevista ao semanário cubano "Trabajadores" - publicada ontem por esse órgão de comunicação da Central de Trabalhadores de Cuba-, a investigadora disse que o objetivo da vacina é transformar o cancro do pulmão numa doença crónica controlável.
De acordo com a investigadora, a vacina foi desenvolvida a partir de "uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico, relacionado com os processos de proliferação celular. Quando há cancro, essa proteína está descontrolada". Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", tendo sido preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.
... tratamentos, sem efeitos secundários significativos. Para além de algum incómodo com a sensação de frio durante os primeiros dias, os tratamentos têm sido suportáveis.
Estou cada vez mais confiante em que assim continuará até ao fim.
Ontem completei o primeiro terço dos tratamentos. Até agora nada a registar de diferente relativamente aos anteriores.
Nunca tinha visto tantas pessoas no Serviço. Algumas tiveram de esperar pela saída de outras.
O pessoal (enfermeiras e auxiliares) evidenciaram o seu profissionalismo e vocação para aquele serviço. Trabalharam que se fartaram e mantiveram a boa disposição, que ajuda muito a tornar o ambiente menos pesado.
Tive também a primeira consulta com o médico, depois de ter iniciado o tratamento. Confirmou o que pensava: o tratamento é profilático, tendo em conta que, com a operação, se julga ter cortado o mal pela raiz, mas o tratamento deve ser feito para evitar novos casos se tal não se verificou; os efeitos do tratamento podem não ir além dos já registados e algum cansaço progressivo, tendo em conta que reagi bem aos primeiros tratamentos.
Terminou mais uma semana em que fiz tratamento no seu início. Manteve-se o mesmo registo de uma boa tolerância, embora tenha sentido mais frio nas mãos, algum cansaço e mau sabor na boca.
Não sei de deveu apenas ao tratamento ou também à alteração da rotina, provocada pelas férias da Páscoa.
Algum receio e expectativas quanto a piores reacções aos tratamentos também podem contribuir para uma maior valorização de algumas reacções que vou sentindo.