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O meu cancro

O meu cancro

Iniciei hoje a segunda metade do tratamento

Hoje, entrei na fase descrescente do ciclo de tratamentos de quimioterapia, o que é animador, porque permite perspectivar o seu fim.

Se a pesrpectiva do fim da quimioterapia é animadora os seus efeitos vão-se sentindo mais. Os efeitos causados pela frio, o cansaço, algumas náuseas, entre outras menores, vão estando mais presentes no meu dia-a-dia, principalmente durante e logo após os tratamentos.

Para poder fazer esta fase do tratamento hoje tiveram de ser ajustadas as doses dos químicos aplicados, devido ao baixo nível dos glóbulos vermelhos (abaixo do qual não teria sido possível fazê-la). Também o nível das plaquetas, que tinha mais do que duplicado após a interrupção, voltou a baixar significativamente, embora não tendo atingido o mínimo.

Os glóbulos são fundamentais para as nossas defesas. Quando baixam abaixo de um certo valor (15, se percebi bem) as nossas defesas deixam de ser suficientes e é frequente apanharmos infecções ou outras maletas.   

Entrei na contagem descrescente...

Na semana passada fiz mais um tratamento, depois de ter recuperado as plaquetas, de 91 para 204, depois de uma semana de interregno. Foi o sexto, o que significa que vou entrar na segunda metade dos tratamentos.

Não sei de devido ao interregno, se ao acumular do tratamento ou a qualquer outra razão (descida de temperaturas, por exemplo), a semana que passou foi a mais difícil, com mais frio nas mãos, algumas náuseas, tonturas e dificuldade de concentração. Mas já está a passar.

Primeiro contratempo

Hoje, tive o primeiro contratempo no calendário dos tratamentos - o que estava previsto teve de ser adiado para a semana, porque o nível das plaquetas estava abaixo do admissível. Trata-se de uma situação normal e que acontece com, mais ou menos, frequência.

É aborrecido porque o tratamento vai demorar, pelo menos, mais uma semana do que o previsto. E ainda por cima, era o sexto tratamento, a partir do qual começa a contagem decrescente...

Quase me deixei ir abaixo no primeiro dia da Ovibeja

O primeiro dia da 30ª OVIBEJA foi mais tenso do que nos anos anteriores, porque teve a presença da RTP1 logo de manhã e à tarde. Foi necessário abrir a Feira antes da hora regulamentar, para garantir a presença de pessoas e os pavilhões abertos para a emissão da primeira hora do programa televisivo.

Ainda por cima, este primeiro dia da 30ª OVIBEJA coincidiu com o último dia de mais um tratamento. Fui, a correr, retirar o infusor entre a inauguração doi monumento e a sessão de abertura da Feira.

Esta situação obrigou-me a andar todo o dia a girar para resolver problemas de última hora que surgem sempre. Não me protegi o suficiente nem me alimentei nem bebi com a regularidade habitual. Talvez por isso tudo, senti-me perto de uma desidratação.

Nos dias seguintes tive mais cuidado e tudo voltou ao normal.