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O meu cancro

O meu cancro

Sinto que venci este cancro

Fui informado pelo Hospital de que a consulta marcada para dia 26 deste mês foi adiada para Outubro. Fui ainda informado de que o Médico, que adiou a consulta, tinha estado a avaliar os vários casos com consulta marcada e que foi com base nessa avaliação que decidiu os adiamentos. 

Daqui parece resultar que o meu caso será menos preocupante do que os outros que mantiveram as consultas para a data inicialmente prevista. 

Embora ninguém (técnico de saúde) que acompanhou o meu tratamento me tenha dito o que quer que seja sobre os resultados do mesmo, o estado em que fiquei e o que (ou se) devo fazer, que comportamento devo ter, entendo que este adiamento vem confirmar o que pensava, que a situação está resolvida. 

Embora não possa considerar esta opinião definitiva enquanto não tiver a opinião do Médico assistebnte, sinto-me (ainda) mais tranquilo e confiante. Para este estado de espírito conta também, naturalmento, o facto de me ir sentindo cada vez mais recuperado e de sentir cada vez menos os efeitos do tratamento.

Até prova em contrário, sinto que venci este cancro. 

Boas notícias: Cuba diz ter tratamento sem efeitos colaterais de cancro

O grupo empresarial cubano Labiofam anunciou recentemente que está a trabalhar em “novos peptídeos antitumorais” para combate a vários tipos de cancro. Entre os tratamentos que estão a ser desenvolvidos e que podem revolucionar as alternativas terapêuticas tradicionais está um peptídeo capaz de atuar sobre as células malignas “sem efeitos colaterais”.

Leia toda a notícia em: http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_Cancro-Cuba-diz-ter-tratamento-sem-efeitos-colaterais_16870.html?page=0

Está a ser didícil "esfolar o rabo"

Tinha sido informado de que os efeitos do tratamento se fariam sentir mais intensamente no fim, devido ao efeito cumulativo dos tratamentos. É, de facto, o que está a acontecer. Hoje foi um dos dias mais difíceis, com muito cansaço - só me apetecia estar deitado -, boca encortiçada e com mau sabor, algumas tonturas, ...

Enfim, é, como se costuma dizer, o "esfolar do rabo", que é o mais difícil... Espero que daqui em diante os efeitos vão aliviando e retome gradualmente o bem estar.

Doentes de cancro obrigados a pagar remédios

 

Há cada vez mais doentes com cancro a pagar do seu bolso os medicamentos para a doença. Nos primeiros seis meses do ano, e contrariando a descida na venda de remédios em geral, as farmácias já venderam mais 17 mil embalagens para tratamentos oncológicos do que em 2011 e mais 10 mil do que no ano passado. Médicos e doentes garantem que a explicação está nos cortes orçamentais dos hospitais, que passaram a limitar o acesso a estes produtos.

Lei todo o artigo em: http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=82351

Acabou!

Terminei hoje o último ciclo da quimioterapia. Tive, finalmente, "ordem de soltura". Até fui tirar o infusor mais cedo (ainda de manhã) do que sempre fiz. Queria ver-me livre daquele "trambolho" quanto antes. Não só por mim, para me sentir solto, mas também pelo meu filho, a quem o dito fazia muita confusão. "Pai, sangue", "pai, tira" eram expressões que me massacravam. Finalmente, livre!

E, desta vez, sem desmaios, como me disse uma enfermeira para eu aqui escrever. Não me esqueci, como pode ver.

Sinto-me, como nas últimas vezes, cansado e com a boca um pouco encortiçada e algum incómodo com as alterações de temperatura. Espero, agora, que estes efeitos, apesar de suportáveis, vão desaparecendo gradual e completamente.

Um obrigado muito especial às enfermeiras e às auxiliares que foram / são inexcedíveis nos esforços que fazem para que nos sintamos bem ou, pelo menos, menos mal. Sem o seu profissionalismo e humanismo certamente que estes tempos, designadamente os dias dos tratamentos, teriam sido muito mais difíceis de suportar. A todas, sem excepção, o meu BEM HAJAM!

Um última palavra de solidariedade e de esperança para todos os companheiros de infortúnio com quem me cruzei para que as "coisas" lhe corram, pelo menos, tão bem como me têm corrido. FORÇA!